Opinião
dos Internautas
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É uma bandeira que deve estar nas mãos de uma sociedade que, de fato, luta
para derrubar tanta desigualdade social. Sônia, do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro
Olá, meu nome é Gustavo, sou aluno de filosofia da Puc.(...)
Eu acho que, assim como foi importante para os países da Europa, a reforma
agrária é importante também para o Brasil. E por vários motivos que atingem
tantos os pobres quantos os ricos. Para os pobres, não só os camponeses, a
reforma agrária é a chance de uma vida mais digna. O camponês que trabalha
para um patrão em condições de total subordinação, e nós sabemos que as
condições do trabalho no campo conseguem ser piores que na cidade -Ex:
boia-fria e canavieiros, teria a possibilidade de, pela primeira vez,
possuir seu próprio pedaço de terra e com isso conseguiria se libertar de um
sistema quase servil e trabalhar para si, podendo inclusive se unir com
demais camponeses formando cooperativas; já para os trabalhadores da cidade,
a reforma agrária seria uma oportunidade de ter alguma propriedade, ainda
que no campo. Criando movimento oposto ao do êxodo rural (êxodo urbano)
onde, ao invés de famílias largarem o campo em busca de trabalho e
sobrevivência na cidade, o campo é que passa a oferecer melhores condições
de vida. Esse processo diminuiria a superpopulação nas cidades. Diminuiria
também a pobreza nas cidades, pois quem fosse muito pobre teria a opção de
ir para o campo. É claro que diminuiria a pobreza no campo também. Com a
diminuição da superpopulação e da pobreza nas grandes cidades acredito que,
além destas cidades ficarem mais agradáveis, diminuiria muito a violência
também, agradando então aos ricos, que são os que mais temem. Não que a
violência seja praticada apenas pelos pobres, mas certamente está ligada à
grande desigualdade economico-social do Brasil (a maior do mundo medida pelo
coeficiente de Gine - um índice economicista desses aí)e a reforma agrária
dá a possibilidade de uma vida digna a qualquer um que vá morar no campo e
se integre em alguma cooperativa ou grupo de produção como o MST por
exemplo. Mas para isso não basta só dar terra, é preciso incentivos à
produção e algum auxílio técnico. Certamente o dinheiro gasto valeria a pena
pois estar-se-ia dando um enorme passo contra a pobreza.
Os únicos não interessados são os grandes proprietários de terra, que mesmo
já sendo muito ricos se recusam a concordar com a desapropriação de suas
fazendas. Cabe lembrar que elas não são estatizadas, são compradas pelo
governo que então repassa às famílias a serem assentadas. Mas, como a
maioria dos latifundiário são políticos ou possuem representações no
congresso, a reforma agrária segue a passos lentos. Os grandes fazendeiros
têm nesta posse não só um meio de produção, mas principalmente um meio de
auto promoção política e não querem perder esse poder. Por isso se opõe
vigorosamente à reforma agrária. Cabe ao governo, e o atual já se demonstrou
incapaz ou desinteressado, enfrentar tais dificuldades políticas e vencer a
bancada ruralista do congresso. Isto é, se estiver realmente comprometido
com um projeto de justiça social para o Brasil.
Um abraço galera e continuem trazendo debates como esse.
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É uma vergonha esse governo não ter realizado a reforma
agrária em oito anos de mandato. O pior é ficar
divulgando números falsos de pessoas assentadas, que não
correspondem com a realidade. A verdade está nas ruas, no
aumento de desabrigados, na proliferação das favelas, no
aumento da violência.
Giovanna Gandolfo
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