Mural da Democracia
Foto: Projeto ComunicarA Estação Pilh@ faz a seguinte pergunta:

"Qual a sua opinião a respeito da reforma agrária no Brasil?"
O entrevistado da página é José Luis Patrolla,um dos Coordenadores do Movimento dos Sem Terra.

E você, o que pensa sobre esse assunto? Entrevista realizada pelas alunas de comunicação social: Alice, Ana Luiza, Giovanna e Marta(Abril/02) Envie sua opinião e ela será publicada aqui no Mural da Democracia.

 
 
 
 
Opinião dos Internautas

É uma bandeira que deve estar nas mãos de uma sociedade que, de fato, luta para derrubar tanta desigualdade social. Sônia, do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro

Olá, meu nome é Gustavo, sou aluno de filosofia da Puc.(...) Eu acho que, assim como foi importante para os países da Europa, a reforma agrária é importante também para o Brasil. E por vários motivos que atingem tantos os pobres quantos os ricos. Para os pobres, não só os camponeses, a reforma agrária é a chance de uma vida mais digna. O camponês que trabalha para um patrão em condições de total subordinação, e nós sabemos que as condições do trabalho no campo conseguem ser piores que na cidade -Ex: boia-fria e canavieiros, teria a possibilidade de, pela primeira vez, possuir seu próprio pedaço de terra e com isso conseguiria se libertar de um sistema quase servil e trabalhar para si, podendo inclusive se unir com demais camponeses formando cooperativas; já para os trabalhadores da cidade, a reforma agrária seria uma oportunidade de ter alguma propriedade, ainda que no campo. Criando movimento oposto ao do êxodo rural (êxodo urbano) onde, ao invés de famílias largarem o campo em busca de trabalho e sobrevivência na cidade, o campo é que passa a oferecer melhores condições de vida. Esse processo diminuiria a superpopulação nas cidades. Diminuiria também a pobreza nas cidades, pois quem fosse muito pobre teria a opção de ir para o campo. É claro que diminuiria a pobreza no campo também. Com a diminuição da superpopulação e da pobreza nas grandes cidades acredito que, além destas cidades ficarem mais agradáveis, diminuiria muito a violência também, agradando então aos ricos, que são os que mais temem. Não que a violência seja praticada apenas pelos pobres, mas certamente está ligada à grande desigualdade economico-social do Brasil (a maior do mundo medida pelo coeficiente de Gine - um índice economicista desses aí)e a reforma agrária dá a possibilidade de uma vida digna a qualquer um que vá morar no campo e se integre em alguma cooperativa ou grupo de produção como o MST por exemplo. Mas para isso não basta só dar terra, é preciso incentivos à produção e algum auxílio técnico. Certamente o dinheiro gasto valeria a pena pois estar-se-ia dando um enorme passo contra a pobreza. Os únicos não interessados são os grandes proprietários de terra, que mesmo já sendo muito ricos se recusam a concordar com a desapropriação de suas fazendas. Cabe lembrar que elas não são estatizadas, são compradas pelo governo que então repassa às famílias a serem assentadas. Mas, como a maioria dos latifundiário são políticos ou possuem representações no congresso, a reforma agrária segue a passos lentos. Os grandes fazendeiros têm nesta posse não só um meio de produção, mas principalmente um meio de auto promoção política e não querem perder esse poder. Por isso se opõe vigorosamente à reforma agrária. Cabe ao governo, e o atual já se demonstrou incapaz ou desinteressado, enfrentar tais dificuldades políticas e vencer a bancada ruralista do congresso. Isto é, se estiver realmente comprometido com um projeto de justiça social para o Brasil. Um abraço galera e continuem trazendo debates como esse.


É uma vergonha esse governo não ter realizado a reforma agrária em oito anos de mandato. O pior é ficar divulgando números falsos de pessoas assentadas, que não correspondem com a realidade. A verdade está nas ruas, no aumento de desabrigados, na proliferação das favelas, no aumento da violência. Giovanna Gandolfo

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"Impacto do atentado de 11 de setembro".
"Subida e Queda do dólar".
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