Carmen Miranda

 

Matéria de Conrado Bravo

Na Estação Pilh@ desta semana, a personagem escolhida foi a cantora Carmen Miranda. Nascida há 100 anos, a "pequena notável" encantou o mundo com seu estilo exótico. Foram entrevistados o escritor da biografia de Carmen, Ruy Castro , e o diretor do Museu Carmen Miranda, César Balbi. Aproveite e relembre o que que a baiana tinha.

Tico Tico no Fubá

 

South American Way

 

The Bongo Bingo - Dean Martin e Jerry Lewis

 

 

Tom & Jerry: "Mamãe eu quero" version

 

"Barraco" em O Principe Encantado

 

Brazil

 

O Que É Que A Baiana Tem

 

Chica Chica Boom Chic

 

Week-end in Havana [1941]

 

 

A irmã mais velha de Carmen, Olinda, era considerada a mais bonita e com a melhor voz. Com ela, a cantora aprendeu sobre os modismos da época, como costurar suas prórpias roupas e fantasias, gírias, e a cantar os sambas e tangos da época. Após uma desilução amorosa, quando seu namorado engravidou outra, Olinda foi sofrendo de depressão e morreu num sanatório em Portugal com 23 anos.

TRISTE JANDAIA

 

Jandaia, tão bonitinha no terreiro é uma santa

Ela veve tristezinha por saber que o galo canta

Como (ah!) não sabe cantar Oh veve triste a soluçar

Piriquitim quedê jandaia? Percure no Ceará

Mas não vá comê meus mio que é de meu galo armoçá

que é de meu galo armoçá

E vê se voa arto atrapaia os gavião

Pra não comê os pintinho na beira do riação

Vô ranjar uma espingarda pra acabar com essa cambada (REFRÃO)

Gavião deu lá na roça seu piá sustô meu galo

Comero seus mio todo isso sem falar meu galo

Gavião, se tu descer se aperpare pra morrer (REFRÃO)

"Triste Jandaia" e "Dona Balbina" (http://carmen.miranda.nom.br/grv_073.html) são canções do 1º disco de Carmem Miranda

 

 

 

Foto de Carmen Miranda e Aurora. Apesar de ter uma família ligada à música, Aurora foi a única irmã que conseguiu seguir carreira profissional. As duas costumavam cantar juntas, como nesta foto de 1929, feita no Instituto Nacional de Música, Carmen (a segunda da direita para esquerda) com a irmã Aurora do lado esquerdo. As duas também costumavam aproveitar o calçadão de Copacabana.

 

 

A personalidade da “Pequena Notável”, como Carmen era chamada, era ambígua. Ao mesmo tempo, ela conseguia ser inocente e conservadora, por ser muito católica. Mas também demonstrava malícia, sensualidade, e costumava usar gírias e expressões de rua.

 

 

O primeiro amor da então adolescente Carmen Miranda foi o atleta de Remo do Flamengo, Mario da Cunha. O namoro que durou por sete anos, gerou muitas fotos e cartas.

 

Mesmo com toda fama que fazia o fenômeno Carmen, ela não abria mão de seus hábitos, como ir a praia quase todos os dias, a docerias e andar de bonde. Apesar de não deixar de levar uma vida normal, Carmen frequentava praias mais vazias como no Leme.

O sucesso chegou rapidamente aos Estados Unidos.Já em suas primeiras apresentações foi capa da Revista Sunday Mirror. Tocando junto com seus músicos e amigos do Bando da Lua, condição imposta por Carmen Miranda para fazer turnê nos Estados Unidos. Juntos imortalizaram as músicas “South American Way” e “Mamãe Eu Quero”

 

No cassino da Urca estreou o sucesso eternizado, “O que é que a baiana tem”. O empresário Lee Shubert gostou do que viu, e a chamou para tentar carreira nos Estados Unidos. Antes a carreira internacional da cantora estava limitada apenas a viagens semestrais para a Argentina.

 

 

 

A carteira profissional da Cantora nunca teve sequer um registro. No entanto, com o sucesso de suas músicas a fizeram no ano de 1946 , Carmem ser a artista mais bem paga dos EUA, e por isso a que mais pagava imposto. Ela tinha uma mansão em Beverly Hills, bairro das estrelas de Hollywood. Sua casa era considerada o segundo consulado brasileiro.

 

Apesar de ter diversos nomorados como Carlinhos Niemeyer, e o ator Donald Buka. Mas casou-se com o americano David Sebastian (à direita). Seu marido, era alcoólatra, e começou a ser empresário da cantora, mas conduzia mal os negócios. Com um casamento mal sucedido, Carmem por ser católica não queria se divorciar. Esta crise começou a prejudicá-la, aumentando o uso de cigarros, bebidas e remédios, e entrou em decadência física.

 

Carmen Miranda tinha 46 anos quando morreu de um ataque cardíaco. Quase 500 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre da “Pequena Notável “. Seu corpo ficou por 24 horas na Câmara Munipal do Rio de Janeiro.

 

 

 

 

Fotos retiradas do livro "Uma biografia de Carmen Miranda" por Ruy Castro, da editora Cia. das Letras.

 

 

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